O investimento total previsto é de R$ 100 milhões até 2014, desses R$
30 milhões serão aplicados ainda este ano
Investimento de R$ 100 milhões gera renda para o agricultor do semiárido e na produção de alimento para rebanhos
Divulgação/Ebda BA
|
Parceria firmada entre o Ministério da Integração Nacional (MI) e a
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), na última quarta-feira
(24), está desenvolvendo programas de fomento à produção de palma forrageira e
de mudas de mandioca para garantir alimentação aos rebanhos e ajudar na
recomposição de renda dos agricultores do semiárido. O investimento total
previsto é de R$ 100 milhões até 2014, desses R$ 30 milhões serão aplicados
ainda este ano. Os programas serão executados pela Companhia de Desenvolvimento
dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).
A ideia é estabelecer uma rede de multiplicação e distribuição de mudas
de mandioca - as chamadas manivas - e de palma forrageira, com qualidade
genética e fitossanitária, para agricultores familiares do Nordeste. Essa é
mais uma frente de trabalho do ministério no enfrentamento à estiagem.
Como a farinha de mandioca é um item importante da alimentação do
sertanejo, o cultivo das manivas também contribui para movimentar a economia
local. Ao distribuir essas mudas, a intenção é ajudar na recomposição da renda
dos agricultores da região, após as perdas em decorrência da seca prolongada. Outro
problema estrutural que está sendo enfrentado é o da alimentação dos rebanhos.
Para tanto, é preciso criar uma reserva estratégica do alimento para assegurar
a sobrevivência dos animais, mesmo nos períodos mais críticos. Por suas
características nutricionais, a palma forrageira é uma excelente fonte de
alimentação animal. Além disso, trata-se de uma planta resistente a longos
períodos de ausência de chuvas e que apresenta alta capacidade de produção por
hectare.
Mais investimentos
O governo federal tem atuado em várias frentes para reduzir os efeitos
da estiagem no semiárido. Os investimentos já somam R$ 7,6 bilhões em ações
emergenciais, obras estruturantes e linhas especiais de crédito para amenizar
as perdas econômicas nas áreas atingidas pela estiagem. Em março deste ano,
foram anunciados mais R$ 9 bilhões em medidas para expansão da oferta de água e
apoio aos agricultores familiares, entre elas, o aumento das linhas
emergenciais de crédito, a renegociação de dívidas agrícolas e a expansão dos
programas Bolsa Estiagem, Garantia-Safra e Operação Carro-Pipa.
Outros investimentos foram direcionados à infraestrutura hídrica para
expandir a oferta de água no semiárido. São obras estruturantes, como
barragens, adutoras e canais, que já estão transformando o semiárido
brasileiro. Pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), os valores mais
que triplicaram, passando de R$ 7,2 bilhões no PAC 1 para R$ 26 bilhões no PAC
2, nos eixos Oferta de Água, Seca, Irrigação, Drenagem e Revitalização.
Fonte: Brasil.gov.br