Cerca de 400 produtores rurais do Projeto de Irrigação do Estreito, passaram esta manhã por Guanambi, com destino á sede da Segunda Superintendência da Codevasf em Bom Jesus da lapa para protestar contra o órgão pelo não cumprimento de um acordo de ressarcimento de prejuízos, firmado com eles desde 2010.
Ocupando cerca de oito ônibus e vários veículos menores eles prometem um movimento pacífico em frente ao órgão e esperam sair de lá com um posicionamento concreto do diretor da Codevasf e prometem: “Caso não tenhamos nenhuma posição, voltares a manifestar na próxima semana.”
Segundo Pedro Cardoso Neto, um dos líderes do movimento; o total dos prejuízos causados pela falta d´água somente nos anos de 2009 e 2010, contabilizados pela própria Codevasf, somam R$13.250,00 (treze milhões , duzentos e cinqüenta mil reais.) e que esse valor foi acordado em visitas feitas a Brasília , no Tribunal de Contas da União, na Advocacia Geral da União e no Ministério da Integração, órgão gestor da Codevasf.
Recentemente eles foram informados por um advogado, que a indenização não foi paga por que o acordo ainda precisa ser ratificado pela Advocacia Geral da União.
O Projeto Estreito, segundo Pedro, está abandonado, há muito tempo sem investimentos e as 553 famílias de colonos que ali vivem, estão passando sérias dificuldades.
O único beneficio que receberam nos últimos anos foi duas máquinas doadas pelo governo, que segundo eles não resolvem o problema, que é falta de água e condições para produzir. Cada morador está assentado num lote de 4,37 hectares e a irrigação ainda é á base de sulcos, um sistema completamente ultrapassado. Eles querem que o governo, através da Codevasf pague imediatamente o valor acordado em 2010, que dê alguma posição sobre a mudança no sistema de irrigação para aspersão e garanta outros investimentos para o perímetro.
Fonte: Jornal Tribuna Popular
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