Antonio Liandro dos Santos, presidente do Conselho de Administração do DIPE em frente ao seu lote na EMSA, enfrenta problemas para manter seu lote irrigado devido à falta de água nas barragens e também à estiagem.
A falta da chuva provoca muito prejuízo a todos em vários aspectos porém, para os produtores do Projeto Estreito que necessitam de água das barragens Cova da Mandioca e a Barragem do Estreito para a irrigação da lavoura a situação está muito preocupante e muito dessa situação foi contada pelo presidente do conselho de administração do DIPE (Distrito de irrigação do Projeto Estreito) Sr. Antonio Liandro dos Santos.
Para o seu conhecimento, a capacidade total do projeto é de 5.000 Ha mas a área irrigada é de 3.000 Ha e ocupa o território dos municípios de Urandi (BA) com os Núcleos I e II e Sebastião Laranjeiras (BA) com o Núcleo III e a EMSA além das Gabrielas que também é dividido entre os dois municípios sendo que a maior parte está em Sebastião Laranjeiras.
O racionamento da água já acontece há três anos para os produtores da ENSA que irrigavam dia sim / dia não. No ano passado não houve volume suficiente de chuvas para acumular água nas barragens e os Núcleos I e II que vinham até então irrigando normalmente também entraram no racionamento devido o baixo volume da barragem do estreito. Atualmente as 16 horas semanais de água (Dois dias na semana com oito horas cada) é suficiente apenas para manter a lavoura viva e insuficiente para produção.
Basta um rápido passeio dentro do Projeto que você perceberá vários lotes abandonados ou onde os produtores já cortaram as bananeiras para preparar o terreno para uma outra cultura ou mesmo já abandonaram o lote e ainda percebe-se que não há produção de frutos.
A barragem Cova da Mandioca tem capacidade para 125 milhões de m³ de água atualmente tem apenas aproximadamente 5 milhões de m³, ou seja, 4% da capacidade total e as bombas conseguem puxar mais um mês, depois só ficará lama.
O DIPE é uma associação dos produtores e administra o Projeto e atua junto à CODEVASF que administra as barragens e é para onde vão os principais pedidos dos produtores do DIPE, entre eles:
- Patrocínio para as contas de água (concedido);
- Bolsa assistência para as famílias (Ainda não concedido);
- Intervir junto ao Banco do Nordeste para haver negociação para investimentos (Ainda não concedido);
- Indenização por perda de safra (Ainda não concedido);
- Facilitação para o pagamento das parcelas dos lotes (Ainda não concedido).
Também já foram efetuadas reuniões com os prefeitos de Urandi (BA), Sebastião Laranjeiras (BA) e Espinosa (MG) onde foi mostrada a situação ao qual vive o Projeto hoje e para que eles intervenham para ajudá-los.
O principal produto produzido é a banana que ocupa de 95% a 98% do total e o principal destino é o Rio de Janeiro, se bem que já foi para São Paulo, Minas Gerais além de Salvador na própria Bahia. “Apesar de ainda não ter uma marca registrada do projeto como a Banana Janaúba, que é uma marca registrada, eles, de Janaúba (MG) põem o selo deles em nosso produto e negociam como se fosse deles, o que comprova a excelente qualidade de nossa banana com boa cor e sabor”, disse Antonio Liandro.
Os produtores estão aguardando a chuva e esperam dia-a-dia por isso. São 570 famílias assentadas e já chegou a gerar, no auge, aproximadamente 3.000 empregos e como o sistema é irrigado, não há outra solução senão aguardar pacientemente pelas chuvas e também pela ação dos governantes, pois o Projeto é grande colaborador nos rendimentos dos municípios e se o Projeto estiver fraco todos perdem.
Você pode conhecer mais do Projeto Estreito acessando o site do DIPE:
http://www.dipe.com.br
e da CODEVASF:
http://www.codevasf.gov.br
