1 de agosto de 2010

Folha Sebastianense completa um ano


Um dia surgiu como uma idéia, de como fazer algo que fosse importante para o desenvolvimento do município sem fazer política. Tinha que ser algo independente e que impressionasse as pessoas e fizesse com que elas gostassem. Aí surgiu a Folha Sebastianense, nome provisório até então.
O primeiro passo foi buscar amigos que apoiassem e ajudassem principalmente. Como convencer uma pessoa a fazer um trabalho sério, com muita responsabilidade sem remuneração? Somente se for pessoa inclinada com o mesmo pensamento, que vai entender que o começo é difícil e assim, aos poucos e juntos fizemos uma equipe sólida e entrosada.
No dia primeiro de agosto de 2009 começamos a trabalhar. Tínhamos muita insegurança, nossa intenção era boa mas, será que as pessoas aprovariam e gostariam que continuasse? Esse era o nosso maior receio. Nossa estratégia era o suspense. Ninguém, ou pouquíssimas pessoas podiam saber, não era por nada, mas uma estratégia que tivemos.
Idéias e mais idéias iam surgindo e sugestões de matérias também até que decidimos fazer a primeira. Foi sobre umas ruínas que tem na Fazenda Campos, próximo ao Mato Grosso, nos fundos da casa do Sr. Nezinho, nosso primeiro entrevistado. Chegamos e explicamos-lhe que era um trabalho muito importante que estávamos fazendo mas não podíamos contar sobre o que era, ele não fez muitas perguntas e aceitou prontamente falar sobre o muro e nos levou até o local para conhecer. Como não havíamos levado câmera para fotos e nem gravador para a conversa, marcamos um outro dia.
Na outra data chegamos, para nós era tudo muito especial também e muito apreensivo pois aquela nossa dúvida sempre nos importunava mas mesmo assim tínhamos que enfrentar e ver o que acontecia. A recepção do Sr. Nezinho foi novamente muito acolhedora, parece quer sido a melhor pessoa nessa hora. Com muita simplicidade, ele e sua esposa nos explicaram com detalhes tudo que sabiam do muro que supostamente foi construído por escravos. Mais que isso, nos contaram como eles eram tratados, fatos que eles souberam quando eram crianças e adolescentes, atrocidades difíceis de imaginar.
Chegamos à “redação” e agora para resumir e deixar de uma forma que faça a todos entender e gostar? Lembro que fiquei até tarde da noite, não que fosse minha intenção, é que realmente perdi a noção do tempo e só me interessava o resultado dessa primeira reportagem. Quando lembrei da hora, era 4 da manhã. Salvei o arquivo e fui dormir.
No outro dia, ao amanhecer, novamente voltei a ver as fotos e escrever sobre o assunto. Depois tive que resumir pois o espaço era muito pouco para tanto texto. 
E chegou o dia do lançamento, já estávamos com as folhas impressas e prontas para serem entregues. Conforme havíamos combinado, durante a noite, depois das 23 horas, começamos a distribuição no Povoado do Mato Grosso, casa por casa, jogávamos por baixo das portas e onde não tínhamos acesso, deixamos no portão. Corremos de muitos cachorros, acabou que foi muito divertido, olhando há um ano atrás, tudo valeu a pena, principalmente por estarmos comemorando um ano. Se há um sentimento que recompensa, esse sentimento é que valeu a pena ter começado.
Acabou que por uma outra combinação, surgiu uma outra matéria sobre a corrida de jegues do Assentamento Paus Preto e como era mais recente, ficou na primeira edição e a reportagem do muro foi na segunda edição.




Comentários
1 Comentários

Um comentário :

Anônimo disse...

A Folha Sebastianense completa 1 ano!parabéns pela coragem de vocês.
Imagino como são criticados e ignorados por muitos, aí nessa terra só pensam em perseguição politica. Sou dai. não teria essa coragem.
Vcs ja tiveram apoio da prefeita? ela ja os convidou para alguma repottagem? DU_VI_DOOO
José Augustp
Campinas SP

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